Filippo Diotto

Cardiologista

Cremesp 169.593

 

Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença comum e frequente na população adulta. Possui aumento da incidência com incremento da idade, com mais frequência em pacientes sobreviventes ao câncer quando comparado com a população geral.

A doença deverá ser diagnosticada prontamente e tratada uma vez que a HAS e as neoplasias possuem fatores de riscos em comum, como obesidade, sedentarismo e diabetes.

Alguns medicamentos oncológicos que podem afetar a pressão arterial incluem os inibidores de tirosina quinase, como o imatinibe e o sunitinibe, além de alguns quimioterápicos, como a cisplatina e a doxorrubicina. É importante monitorar de perto a pressão arterial durante o tratamento com esses medicamentos e informar ao médico sobre quaisquer alterações.

Pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, a meta de pressão arterial em pacientes com câncer é a mesma da do paciente sem câncer, ou seja, menor que 130×80 mmHg. A busca ativa de sintomas e rastreio de HAS deverá ser feita em toda consulta com o objetivo de realizar um diagnóstico precoce e imediato tratamento. A prevenção deverá ser instituída para todos os pacientes, principalmente oncológicos, estimulando atividade física regular, sono adequado, dieta equilibrada e manejo do estresse.

Referência: Diretriz Brasileira de Cardio-oncologia 2020.