O Brasil está enfrentando um sério surto de dengue no início deste ano e um dos tópicos mais discutidos recentemente é a nova vacina contra a dengue e a possibilidade de sua administração durante o tratamento oncológico.

A vacina é formulada com vírus vivo atenuado, o que significa que em pacientes com sistema imunológico comprometido, pode causar efeitos adversos mais intensos e tardios (entre 5 a 20 dias após a aplicação). Por essa razão, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) desaconselha sua utilização durante o tratamento oncológico com quimioterapia.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada de forma célere pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS), que recomendou pela incorporação. As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses. O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue.

Ressalta-se, ainda, que a vacinação não é a única forma de prevenção, a principal forma de prevenção ainda é evitar a proliferação do mosquito. Entre as ações recomendadas pelo Ministério da Saúde estão a remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de larvas, vedação dos reservatórios e caixas de água e desobstrução de calhas, lajes e ralos.

A proteção também deve ser feita por meio da utilização de repelentes, preferencialmente com a composição de 20% ou mais de icaridina, princípio ativo mais indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e presente em quase todos os repelentes do mercado.

 

REFERÊNCIAS