Estudo publicado esta semana na revista The Lancet Oncology demonstrou que a triagem de mamografia por inteligência artificial (IA) resultou em uma taxa de detecção de câncer semelhante em comparação com a leitura dupla padrão, com uma carga de trabalho de leitura menor. O desfecho primário foi taxa de câncer de intervalo, que é a taxa de câncer de mama diagnosticado no período entre mamografias.

Trata-se de estudo randomizado, controlado, que inclui mulheres com idade entre 40 e 80 anos elegíveis para rastreamento por mamografia (incluindo rastreamento geral com intervalos de 1,5 a 2 anos e rastreamento anual para aquelas com risco hereditário moderado de câncer de mama ou histórico de câncer de mama) em quatro locais de triagem na Suécia.

Até o momento temos os resultados da análise de segurança clínica, realizada após 80.000 mulheres terem sido inscritas. O acompanhamento está em andamento para avaliar o desfecho primário do estudo, a taxa de câncer de intervalo.

O alerta que fica é de uma evidência inicial, porém com grande número de pacientes avaliadas, o que aumenta a relevância de certa forma. Vale aguardarmos novos resultados para observar possíveis benefícios às pacientes e ao sistema de saúde em si.