Dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Por isso, neste mês acontece a campanha “Junho Vermelho”, que visa conscientizar, sensibilizar e estimular a população sobre a importância de ser um doador. 

Ressalta-se que não há um substituto para o sangue e sua disponibilidade é essencial em diversas situações. Uma única doação pode ajudar a salvar até quatro vidas.

A doação de sangue é um gesto voluntário, altruísta e não remunerado por meio de um processo realizado em etapas. Os voluntários realizam um cadastro, passando por avaliação de pré-triagem (sendo verificado sinais vitais, peso e dosagem de hemoglobina) e triagem clínica, momento em que o candidato passa por uma entrevista individual e sigilosa para verificar se a doação é segura ao doador e ao paciente. Nesse processo é fundamental a sinceridade do voluntário para garantir que o processo ocorra com segurança para o doador, pois determinados problemas de saúde podem gerar complicações no ato da doação e com o paciente que está suscetível a doenças infecciosas que podem ser transmitidas pela doação. 

A doação de sangue é um procedimento extremamente seguro, que acarreta pouco risco para a população em geral, com a coleta sendo feita por profissionais especializados com material estéril, descartável e de uso individual.

No Brasil, a lei permite doação a partir dos 16 anos de idade – sendo que para aqueles que ainda não completaram 18 é necessária aprovação por escrito de um responsável legal – até os 69 anos de idade, desde que a primeira doação tenha ocorrido antes dos 60 anos. É necessário também ter peso mínimo de 50kg. Gestantes não podem doar e mulheres que estão amamentando só podem doar se o parto tiver ocorrido há mais de 12 meses. Em mulheres que não estão amamentando, a doação pode ser feita três meses após o parto (ou aborto). 

O intervalo entre as doações de sangue atualmente recomendado é de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens.

O doador deve ter boas condições de saúde sendo permitida a doação de portadores de algumas doenças como hipertensão, dislipidemia, hipotiroidismo, entre outras, desde que controladas. Já antecedente de neoplasia maligna, mesmo que curada, diabetes insulino-dependente, infecção prévia por HIV, hepatite C ou B e doença de chagas, doença cardíaca importante e outras doenças graves excluem definitivamente o candidato à doação. Etilistas crônicos e usuários de drogas injetáveis também são inaptos a doação. Tatuagem, piercing, vacinas e procedimentos cirúrgicos podem gerar inaptidão à doação por um período.

Este ano, nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) emitiu novas recomendações na avaliação de elegibilidade do doador de sangue independentemente da orientação sexual, sexo ou gênero do doador. No Brasil, desde 2021, após aprovação de um projeto no Senado, a doação é permitida independente da orientação sexual, de candidatos com parceiro(a) sexual fixo, sem relações ocasionais com terceiros, há pelo menos doze meses.

No dia da doação recomenda-se no mínimo 6 horas de sono, ter realizado uma alimentação leve, apenas evitando refeições gordurosas 3 horas antes da doação e deve-se também evitar bebida alcoólica por pelo menos 12 horas antes da doação. Levar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial.

Doe! E se você não pode doar, você pode ajudar ao divulgar e apoiar campanhas de doação. Todo auxílio é válido para continuar a permitir que este ato de solidariedade continue a salvar vidas por todo o mundo.