– O câncer de mama é o câncer mais diagnosticado em todo o mundo e é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres

– O objetivo do rastreamento do câncer é diagnosticar a doença precocemente, em mulheres que não apresentam sintomas

– Quando o câncer de mama é diagnosticado em seus estádios iniciais (precocemente), a taxa de cura pode chegar a 99%

– De fato, os programas de rastreamento do câncer de mama contribuíram significativamente para a redução das mortes por câncer de mama nas últimas décadas

– O exame recomendado para o rastreamento do câncer de mama é a mamografia, realizada anualmente a partir dos 40 anos

– No entanto, a mamografia apresenta algumas limitações, especialmente em mulheres mais jovens e com mamas densas

– Células tumorais circulantes (CTCs) são células que se separam do tumor, entram nos vasos e circulam na corrente sanguínea

– As CTCs podem ser encontradas no sangue de mulheres com câncer de mama inicial, mesmo antes do surgimento de sintomas ou da detecção do tumor nos exames de imagem, e por isso tem potencial para uso no rastreamento

– Em um estudo publicado recentemente, pesquisadores descreveram um novo método para detecção de CTCs de câncer de mama e avaliaram o desempenho dessa nova tecnologia na detecção do câncer de mama em mulheres com e sem sintomas/sinais da doença

– O exame apresentou elevada acurácia na diferenciação entre mulheres com e sem câncer de mama, mesmo nos casos de mulheres com doenças benignas da mama. Importante ressaltar que o exame foi negativo em todas as mulheres SEM câncer de mama

– Os resultados foram adequados independente da idade das mulheres, da etnia, do estádio da doença e das características dos tumores

– Os resultados deste estudo e de estudos prévios mostram que a pesquisa de CTCs de câncer de mama poderia ser bastante útil como estratégia de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, isoladamente ou em associação aos exames de imagem

– No entanto, essa tecnologia ainda tem um custo muito elevado. Cada teste custa, em média, R$ 10.000,00, o que inviabiliza seu uso em escala populacional

– Talvez essa seja uma ferramenta que poderá ser usada em grupos especiais, nos quais a mamografia não tem um desempenho ótimo, bem como em mulheres de alto risco para câncer de mama