No dia 1˚ de outubro é celebrado o Dia Internacional da Pessoa Idosa. A data foi estabelecida em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de tornar evidente questões relacionadas aos direitos e a saúde do idoso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que idosos são indivíduos com 60 anos ou mais. Desde a transição do milênio temos visto uma inversão nas pirâmides populacionais a nível mundial. A causa deste fenômeno certamente está relacionada ao maior zelo e investimento na saúde e nos direitos dos idosos.

É esperado que o avançar da idade cronológica caminhe em paralelo ao surgimento de doenças crônicas. Como representantes deste grupo de moléstias podemos citar a hipertensão, o diabetes, as doenças cardiovasculares e até mesmo o câncer. É também fato que a medicina moderna evoluiu e aprendeu a lidar com essas morbidades, tornando-as passiveis de controle (ainda que parcialmente). Hoje, um paciente portador de câncer aos seus 70-80 anos tem tratamentos de segurança e eficácia muito superiores aos existentes nos anos 80-90.  Com isso, em alguns casos, é possível preservar e prolongar a vida de pessoas que outrora foram desenganados ao diagnóstico.

Mas o Dia do Idoso chega para algo que vai além da celebração de novos medicamentos e da evolução da medicina; ele vem para nos convocar a uma reflexão sobre como envelhecer de maneira saudável. Afinal, melhor do que tratar doenças é poder preveni-las. Para isso, faz-se necessária a propagação de estratégias preventivas para as doenças citadas anteriormente e para tantas outras, com foco em evitá-las ou diagnosticá-las precocemente.

Precisamos intensificar políticas que venham combater os vilões de uma boa saúde e da longevidade, tais como o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade e o sedentarismo. É preciso garantir acesso e agilidade na atenção primária, além de revisitar as políticas de rastreamento de câncer, garantindo os exames e procedimentos necessários. É preciso rever o fluxo para aqueles idosos com doenças recém diagnosticadas, com tratamento em tempo hábil e adequado. É preciso zelar pela saúde mental do idoso; para alguns, o envelhecimento é sinônimo de regressão, solidão e de perda de autonomia. Em conjunto, é de importância ímpar buscar o adequado posicionamento social do idoso (até no mercado de trabalho se desejo for), com a devida garantia e respeito aos seus direitos.

Que no dia 1˚ de outubro possamos resgatar nos idosos o sentimento de respeito das palavras “senhor” e “senhora”, e fazê-los sentir orgulho disso. Afinal, todos chegaremos lá um dia e esperamos encontrar uma sociedade justa, que se preocupe com o bem-estar dos seus idosos. Fica aqui os parabéns e o sentimento de gratidão do Grupo SOnHe para com nossos amigos, familiares e pacientes que já se encaixam na definição de idoso.