O Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) suspendeu sua produção a partir do dia 20 de setembro. E por que isso importa para os pacientes com câncer? Porque alguns tratamentos e exames necessitam de insumos fornecidos pelo IPEN.

Esse problema está acontecendo, segundo o IPEN, por falta de verbas por parte do Governo Federal via Ministério de Ciência, Tecnologia e Telecomunicações (MCTIC). O órgão importa diversos insumos e radioisótopos de outros países e, sem verba, não é capaz de manter sua atividade. Desde julho deste ano, já prevendo o ocorrido, o IPEN vem tentando, sem sucesso, meios para evitar a interrupção junto ao Governo.

Exames de grande importância, como o PET/CT e a cintilografia, e tratamentos, como Lutécio e Radium-223, devem ser interrompidos em virtude dessa paralisação. Infelizmente, os maiores impactados serão os pacientes. Tanto os exames quanto os tratamentos são métodos de alta eficácia e auxiliam em grande monta o cuidado ao paciente com câncer.

Tanto pacientes quanto clínicas parceiras do SOnHe têm relatado a real falta desses insumos e o consequente adiamento dos procedimentos previstos.

A ideia é, no curto prazo, conseguir verba extra para retomar a produção e, a médio prazo, um aumento do orçamento de 2022, via Congresso Nacional. Até lá, esperamos que esse imbróglio seja resolvido para que os pacientes tenham o menor impacto possível.