Atualmente é difícil abordar algum tema sem fazer referência à pandemia de COVID-19 que impacta, em maior ou menor medida, toda a sociedade. A busca por explicações e formas de minimizar o sofrimento gerados por ela é constante, seja por meio da ciência ou da espiritualidade. Mas há, nesse momento turbulento, um apoio bem conhecido: os amigos. Neste que é o Dia do Amizade, tratemos dessa relação tão presente e especial.

A chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, foi considerada “um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis”. O médico argentino Enrique Ernesto datou, então, o Dia da Amizade como dia 20 de julho, a data adotada pelo Brasil. Em 27 de abril de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU), durante a 65ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, designou o dia 30 de julho como Dia Internacional da Amizade, em concordância com a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade.

A amizade move o ser humano desde sempre. Desde as primeiras relações, o afeto, a confiança, o carinho e o companheirismo criam laços, deixando a vida mais leve e mais feliz. Ter um amigo é poder compartilhar alegrias, tristezas, viagens, comidas, fotos e filmes. É poder compartilhar todos os momentos, é ver o outro crescendo e ficar feliz e orgulhoso. A amizade está na simplicidade e ela pode começar inesperadamente: você pode conhecer seu melhor amigo em uma fila para pegar um ônibus, no trabalho ou em uma ida à padaria. Ela pode estar em qualquer lugar.

Uma pesquisa sobre saúde humana, que vem sendo feita pela Universidade de Harvard desde 1937, que não é o dinheiro, a genética ou a alimentação que faz uma pessoa ser saudável, mas sim sua a aptidão social e suas relações com as pessoas, ou seja, sua capacidade de ter amigos. Segundo o coordenador desse estudo, eles são os principais responsáveis pelo bem-estar de uma pessoa. Você sabia que o fato de ter laços fortes de amizade com uma pessoa, pode aumentar o nosso tempo de vida em até 10 anos? E que pessoas com menos de 4 amigos correm maior risco de infarto?

Os hormônios da adrenalina, que atuam no sistema nervoso, são responsáveis pelo nível de estresse no corpo de uma pessoa. A ocitocina é o homônimo das relações que estimula as pessoas a se socializarem e se agruparem. Este age de forma oposta à adrenalina, reduzindo o número de batimentos cardíacos e a pressão no sangue, isso faz com que a probabilidade de ataques cardíacos diminua drasticamente. Observando este fenômeno, podemos ver uma boa amizade pode nos oferecer importantes benefícios.

Lembrar da importância do afeto e do companheirismo em datas como o Dia do Amigo é essencial para fortalecer e preservar as relações humanas. Pequenas homenagens e gestos afetuosos, por exemplo, são coisas que fortalecem ainda mais um laço de amizade. E não importa a distância que separe você dos seus amigos, é o momento de celebrar!

 

Referências:

– UPF: Universidade de Passo Fundo – Amizade em tempos de pandemia.

– BORSA, Juliane Callegaro. O papel da amizade ao longo do ciclo vital. Psico-USF, Itatiba,  v. 18, n. 1, p. 161-162,  Apr.  2013.