Vacinas salvam vidas. E é muito importante repetir essa frase para nos lembrarmos desse ato tão valioso para humanidade, principalmente agora durante a pandemia de COVID-19.
No dia 9 de junho, é celebrado o Dia Nacional da Imunização. O foco da campanha é conscientizar a população da necessidade de manter a carteira vacinal atualizada. Atualmente, obviamente, a principal é a contra a COVID-19, que está, a passos lentos, em andamento. Porém, devemos lembrar que várias outras doenças têm vacinas direcionadas, mesmo em adultos vacinados na infância.
As vacinas protegem contra a ocorrência de diversas doenças infecciosas, desde a poliomielite, que pode deixar pessoas sem movimentos, até a pneumonia, que pode levar pessoas, principalmente idosos, à morte. Não só isso, temos também as vacinas que podem prevenir o câncer, no caso, a do HPV evita tumor de colo do útero. Muitas patologias foram erradicadas, como a varíola e a poliomielite, enquanto outras – como a gripe, o tétano e a coqueluche – tiveram seu impacto na saúde da população consideravelmente reduzido (>90%) e são doenças controladas atualmente.
O ato de vacinar é importante não só para a pessoa vacinada, mas também para a população em geral de um país. O freio da contaminação por doenças infecciosas reduz a mortalidade da população em geral, principalmente daqueles considerados como grupos de risco. Inclusive, existem pessoas que não podem ser vacinadas por alguma doença que contraindica, ou que ainda não têm idade (recém-nascidos); essas pessoas talvez sejam as mais beneficiadas pela vacinação em massa de quem pode.
Infelizmente, alguns dados recentes mostram que a cobertura vacinal para essas doenças tem caído, chegando a níveis preocupantes abaixo de 80%. Isso pode levar a um recrudescimento de casos e também a mortes. Um dos motivos é a própria pandemia, mas também há um número crescente de pessoas contrárias às vacinas, ou seja, que não acreditam na ciência. Essa situação é muito perigosa.
Criado há 47 anos, o Programa Nacional de Imunização do Brasil é uma das referências mundiais da área, já que atinge uma população de mais de 200 milhões de habitantes de forma gratuita e eficiente.
Atualmente, são 18 as vacinas disponibilizadas para crianças e adolescentes. No caso de adultos, as principais são a de febre amarela, a dupla adulto (difteria e tétano, renovada a cada 10 anos), a de hepatite B e a de sarampo-caxumba-rubéola (as duas últimas, caso não tenha sido vacinado na infância).
Agora, com a vacina para COVID-19 disponível, devemos reforçar que qualquer uma das disponíveis no país são eficazes e seguras. Todas já foram testadas e aprovadas cientificamente. Em relação ao medo de efeitos colaterais, como trombose, a vacina Oxford/Astrazeneca não promove um risco considerável de complicações quando comparada, por exemplo, aos anticoncepcionais.
As contraindicações são poucas e, caso tenha dúvida, pergunte ao seu médico. Porém, geralmente apenas pessoas com deficiências muito específicas ou alergias a componentes das vacinas não podem tomá-las. Importante lembrar que as duas doses são necessárias para que a vacina realmente funcione, portanto, não perca seu dia de retorno! Além disso, deve-se observar um espaço de 15 dias entre a da COVID-19 e a da gripe.
No site https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/ todos podem consultar o calendário nacional de vacinação e checar quais vacinas devem ser atualizadas. Leia, converse com seu médico e VACINE-SE! Proteger um é proteger todos!