16 de agosto de 2017

O câncer de testículo é raro, e representa menos de 1% de todos os cânceres no mundo. No entanto, é o tipo de câncer mais comum em homens entre 20 e 35 anos. Por isso, temos alguns exemplos conhecidos, em atletas como Louis Armstrong (ex-ciclista) e Nenê Hilário (jogador de basquete da NBA), já curados, além do atual jogador de futebol Ederson.
Segundo informações publicadas, o atual camisa 10 do Flamengo foi submetido a uma cirurgia para retirada do testículo com o tumor, e iniciará tratamentos com quimioterapia. As chances de cura são muito grandes, e é esperado que Ederson volte a jogar futebol profissionalmente em breve, sem nenhuma sequela.

Quando está localizado apenas no testículo, às vezes apenas a cirurgia pode já curar. A quimioterapia pode ser indicada para aumentar as chances de cura em casos de risco mais elevado.
No entanto, é comum que a doença esteja mais espalhada pelo corpo, quando o diagnóstico é feito. Mas o câncer de testículo é um dos tipos de neoplasias com maior chance de cura, mesmo em estágios mais avançados. A quimioterapia é agressiva, mas proporciona chances de cura que ultrapassa os 90%. Assim, as pesquisas mais atuais além de tentar melhorar um pouco mais as chances de cura têm também avaliado formas menos tóxicas de tratamento, com intenção de melhorar a qualidade de vida dos homens durante e após o tratamento.

Não existe nenhum tipo de rastreamento populacional recomendado para os jovens. No entanto, exames anti-doping têm feito esse rastreamento de forma involuntária, em atletas profissionais. A dosagem do beta-HCG (gonadotrofina coriônica humana) é feita de rotina na maioria das competições, pois têm-se utilizado a injeção desse hormônio para aumentar a produção de testosterona, ou para evitar a atrofia do testículo quando um esteróide anabolizante é inserido no corpo do homem. O beta-HCG é um hormônio naturalmente produzido durante a gravidez, sendo feito pelo embrião logo depois da concepção e depois por uma parte da placenta. Por isso, a dosagem do beta-HCG é usada na maioria das vezes como teste de gravidez. O betya-HCG pode também ser produzido pelo câncer de testículo. Assim, um exame anti-doping positivo para este hormônio pode ser indicativo de um tumor em estádio inicial.