O termo câncer colorretal representa os tumores do intestino grosso. É uma doença nas quais as células do revestimento do cólon ou do reto param de funcionar adequadamente e começam a se multiplicar sem controle.

 

O câncer colorretal é curável se diagnosticado precocemente. No entanto, vemos no Brasil um pouco mais de 30.000 casos novo por ano, e temos aproximadamente 15.000 mortes anuais por esta doença. Ou seja, cerca de metade dos pacientes diagnosticados com o câncer colorretal morrerão por causa dele.

 

A maioria desses tumores se originam em pólipos, que são pequenas lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Alguns tipos de pólipos eventualmente se tornam cancerosos, com o passar de alguns anos. A melhor maneira de se prevenir o aparecimento seria a detecção e a remoção dos pólipos antes deles se tornarem malignos.

 

Um exame chamado colonoscopia é usado para fazer o diagnóstico do câncer colorretal. Mas ele também pode ser usado para descobrir a presença de pólipos, e fazer a sua retirada. Neste caso, o exame é mesmo preventivo, pois pode tratar lesões benignas, ou pré-malignas, antes delas se transformarem em câncer propriamente dito.

 

A maioria dos diagnósticos hoje no Brasil ocorre tardiamente, pela falta da disseminação da colonoscopia como método de rastreamento e prevenção. Nesses casos, os pacientes se apresentam já com sintomas, ou relacionados à obstrução do intestino (constipação intestinal ou mesmo diarreia), ou a sangramento (presença de sangue nas fezes, ou apenas anemia sem causa aparente). Nesses casos a doença já pode estar disseminada para outros órgãos, o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura.

A colonoscopia é pouco utilizada na prática médica porque apesar de salvar vidas é um exame relativamente caro, além de desconfortável e invasivo.

 

Uma das maneiras para diminuir o impacto negativo do exame seria indica-lo apenas em pacientes com maior risco de problemas intestinais. Neste caso, uma pesquisa de sangue oculto nas fezes poderia ser feita para checar se existe sangue não visível, relacionado à presença de pólipos ou câncer.

 

Nem sempre pólipos apresentam sangramento, mas especialmente no contexto de saúde pública, a pesquisa de sangue oculto poderia selecionar as pessoas mais predispostas à doença.

 

Independentemente do exame a ser feito, pela alta incidência da doença, é fundamental a realização de algum tipo de rastreamento, especialmente em pessoas com mais de 50 anos. Ou em pessoas mais jovens, mas com história de familiares com câncer colorretal.

 

É possível fazer diagnóstico precoce e salvar muitas vidas. Consulte seu médico regularmente, solicite exames preventivos e ajude a mudar as estatísticas você também!