Uso mais  precoce de Abiraterona em pacientes com câncer de próstata metastático faz a sua expectativa de vida alcançar níveis sem precedentes.
Dois estudos foram apresentados  no ASCO 2017 Meeting, avaliando se o uso de Abiraterona poderia ser benéfico a pacientes que fizeram diagnóstico de câncer de próstata metastático.
Até hoje, a Abiraterona vinha sendo usada tardiamente, em pacientes nos quais sua doença não era mais controlada com terapia hormonal convencional (supressão de testosterona).
Mas os dois estudos apresentados, de nome LATITIDE e STANPEDE – um deles na sessão plenária principal do congresso – demonstraram que em pacientes que acabaram de diagnosticar doença metastática, o uso concomitante de abiraterona à supressão de testosterona prolongou o tempo médio de controle da doença em aproximadamente 18 meses. E o risco de progressão da doença diminuiu em mais de 70%.
A expectativa de vida também melhorou, com diminuição de risco de morte por câncer de 37% em um estudo e 38% no outro.
A qualidade de vida dos pacientes tratados foi preservada, com efeitos colaterais pouco relevantes.
Estes resultados mostram um avanço impressionante no tratamento do câncer de próstata metastático, nos quais a cura não é mais possível. O controle de doença a longo prazo era um desafio, ainda mais mantendo uma boa qualidade de vida, sem precisar usar quimioterapia ou tratamentos mais agressivos.
A Abiraterona é um medicamento oral, usado continuamente, e também atua na via hormonal para controlar o câncer de próstata.
Agora o desafio será dar acesso à população, pois o custo da Abiraterona é alto, mesmo para planos de saúde, e não disponível no SUS.