Câncer, uma doença milenar.

Provavelmente, o câncer seja tão antigo quanto o ser humano. Múmias descobertas no Egito, já apresentavam sinais que poderiam ser caracterizados como sendo da doença.

O primeiro relato médico que se tem conhecimento é atribuído a Imhotep, sacerdote egípcio, em 2500 aC, quando descreveu um paciente com provável câncer de mama.

A palavra câncer vem do grego “Karkinos” que significa caranguejo e foi usada pela primeira vez, por Hipócrates, pai da medicina. Segundo Galeno, lendário médico romano, esse nome foi usado devido ao inchaço das veias ao redor do tumor se assemelharem as patas de um caranguejo.

Descobertas de tratamento.

Mas o tratamento como conhecemos hoje, começou a ser desenhado a partir das grandes Guerras Mundiais.

Na Primeira Guerra Mundial, foi usado, pela primeira vez, o Gás Mostarda. E na Segunda Guerra Mundial, sob o comando de Adolf Hitler, esse gás voltou a ser usado em larga escala.

Percebeu-se que pacientes com leucemias expostos ao composto tinham uma melhora da doença, já que o Gás Mostarda destrói o DNA da célula e isso leva a morte celular.

A partir desse momento, iniciaram-se os estudos e desenvolvimento de novas drogas, chamadas citotóxicas que bloqueavam a divisão das células, já que, como explicado no post “Câncer: Por que comigo?”, no câncer as células se dividem de forma rápida, incontrolável e não morrem quando deveriam.

A Evolução:

Com o uso de novas drogas, iniciaram-se os problemas com os efeitos colaterais, que hoje se apresentam em menores proporções e gravidade.

Com o avanço da medicina e estudos constantes, efeitos do tratamento já conseguem ser minimizados de acordo com as peculiaridades de cada caso. Algumas novas formas de trabalho sempre surgem com esse foco, como por exemplo, as que trazemos abaixo:

– Terapias Alvo:

Detendo o conhecimento da genética e o entendimento de que, o câncer causa alterações genéticas diferentes caso a caso, atualmente médicos conseguem atuar de forma mais direcionada e menos tóxica, trazendo um tratamento muito mais personalizado.

– Imunoterapia:

Mais recentemente, temos avançado no uso de medicamentos ativadores do próprio sistema imunológico do paciente, permitindo que o organismo destrua o tumor de forma mais eficaz.

A figura mais emblemática nesse contexto é do ex presidente dos EUA, Jimmy Carter que é portador de melanoma já com metástases para fígado e cérebro e que teve excelentes resultados com esse novo tratamento. As drogas mais antigas continuam sendo usadas com eficácia, mas novos caminhos estão sendo trilhados com sucesso.

O Futuro.

A oncologia é uma área muito abrangente e em constante evolução, com surgimento de novos tratamentos e novas tecnologias que auxiliam no diagnóstico e no combate da doença, permitindo resultados cada vez mais promissores na sua cura e controle. Desde aparelhos mais modernos de imagens (tomografias, ressonância, PET CT) até os medicamentos mais inovadores.

O compromisso dos médicos é justamente acompanhar essas transformações. Participar ativamente da descoberta de novos tratamentos fazendo parte de estudos e pesquisas científicas e estar constantemente atualizados para poder oferecer aos pacientes, o que tem de mais moderno e eficaz no combate da doença. Sem esquecer é claro, do tratamento humano e acolhimento que consideramos fundamental para vencer esse desafio!